FRANCIS HARRY COMPTON KRICK
Nasce em Northampton, Califórnia, no dia 8 de junho de 1926 e morreu em San Diego, Califórnia, no dia 28 de julho de 2004. Foi biólogo molecular, biofísico e neurocientista. Formou-se em Física pela University College, em Londres. Com a defragração da Segunda Guerra Mundial foi trabalhar na Royal Navy, interrompendo a sua pesquisa de doutorado. Naquela época fazia estudos de campo em minas de carvão. Com o fim da guerra e após refletir sobre aspectos relativos à vida, mudou seu objeto de estudo e quando retornou a pesquisa optou pela Biofísica, investigando dois temas: a natureza da consciência e a diferença entre os vivos e os não-vivos. Mudou-se para Cambridge, onde, no Laboratório Cavendish da Unidade do Conselho de Pesquisas Médicas de Max Perutz (autoridade no assunto na época) iniciou o estudo da formação das proteínas e o trabalho com cristalografia dos raios X. Em 1953, em parceria com James Watson, baseados no trabalho experimental de Rosalind Franklin e Maurice Wilkins, propuseram a famosa estrutura da molécula em dupla hélice denominada ácido desoxirribonucléico (DNA), constituinte dos cromossomos e responsável pela transmissão das características hereditárias dos seres vivos. O trabalho foi publicado na Revista Nature em 25 de Abril de 1953, inicialmente ignorado foi ganhando aos poucos reconhecimento científico, o que lhe valeu a conquista do Nobel de Fisiologia e Medicina em 1962, dividido com Watson e Wilkins. Rosalind Franklin havia morrido de câncer no ovário, aos 37 anos, em 1958. Antes da publicação do artigo sobre o DNA, Watson e Crick não passavam de meros pesquisadores e tiveram que correr contra o tempo, pois Linus Pauling, desfrutando de imenso prestígio, estava prestes a propor um modelo de cadeia tripla para o DNA. Como o modelo de cadeia dupla se ajustava adequadamente aos dados cristalográficos de Rosalind Franklin por Watson e Crick, Pauling imediatamente desistiu de seu modelo. Até chegaram ao modelo da dupla hélice, ambos passaram horas analisando, pensando e trocando ideias sobre como os dados poderiam se encaixar num modelo. Após a publicação, Watson continuou seus estudos nessa área precursora da Biologia Molecular, razão pela qual aparece mais frequentemente associado a este assunto. Crick dedicou a maior parte de sua vida à Neurociência e morreu de câncer aos 88 anos.